Um estudo* para entender a percepção dos jovens em relação à autoestima.

* O artigo traz trechos da pesquisa homônima, realizada pela Intriw, consultoria de pesquisa de mercado e insights, que nossa COO, Erika Li, é integrante e que tem a missão de identificar oportunidades, tendências e comportamento de consumidores, conectando marcas aos GenZers.

Geração Z: Quem são eles

A geração Z vem sendo apontada como aquela que está revolucionando as formas de se comunicar, interagir, estudar, trabalhar e viver. Esses jovens, nascidos em 1995 e 2010, são chamados de nativos digitais.

Os jovens da Geração Z não conhecem um mundo sem internet. A sua constante e ininterrupta conectividade traz à tona uma dicotomia alarmante: os jovens dessa geração nunca estiveram tão suscetíveis à depressão, à ansiedade e ao suicídio.

Segundo o estudo MonitoringtheFuture de 2016, um jovem de 13 anos que passa mais de dez horas por semana nas redes sociais tem 56% mais chance de ser infeliz e 27% dos usuários das mídias sociais têm um risco maior de sofrer depressão.* 

São contraditórios, precoces, imaturos. São ensimesmados e ao mesmo tempo altruístas. São empreendedores e assumem postura pautada em sustentabilidade, porém, ainda falta consciência.

São jovens ativistas, que buscam a sua identidade fluida, lutam pelo que acreditam, questionam e mudam hábitos, são seletivos e procuram se destacar por suas diferenças no jeito de ser, na beleza, nos hábitos, na alimentação.

O que a GenZ sente e pensa quando se fala em autoestima

“Talvez autoestima seja autoconhecimento”.

P., masculino, 23 anos.

As entrevistas apontaram que, de modo geral, a maior parte deles se declara satisfeita com a aparência, no entanto 35% do total da amostra afirmam usar filtros especificamente para melhorar a aparência.

Os jovens se mostraram mais satisfeitos com partes do rosto do que com o corpo - o uso excessivo de filtros (68%) acaba maquiando a percepção de satisfação do jovem com sua aparência.

Os jovens são muito vulneráveis à opinião alheia, atribuindo ao outro o poder de aceitação – 47% dos jovens tomam atitudes sempre pensando no que os outros pensam e embora existam barreiras para a autoaceitação, há uma dificuldade para os jovens se declararem com baixa autoestima (37%).

O alto percentual de jovens que buscam autoconhecimento (86%) indica que os jovens estão preocupados em saber como lidar com suas dificuldades.

Apesar de ser uma geração que desde muito cedo esteve acostumada com a exposição na internet, muitos jovens acabam não sabendo distinguir o limite saudável do uso de redes sociais. Ficam vulneráveis aos conteúdos, principalmente de perfis que estimulam a adoração de um corpo e vidas, muitas vezes, irreais ou longe da realidade.

Embora estudos diversos apontem para um impacto negativo das redes sociais nos jovens, a Geração Z já está tão imersa no digital que parece não perceber a influência emocional a qual estão sujeitos.

Entre os jovens que praticam atividades físicas (60%), a maioria opta por modalidades esportivas mais individuais e suas principais motivações em praticar atividade física estão ligadas à aparência.

  • Foram realizadas 6 entrevistas online em profundidade, em janeiro de 2022, com jovens de 18 a 24 anos. 
  • Foi realizada uma Pesquisa Quantitativa com 111 respondentes (Cawi),  em abril de 2022, com jovens de 18 a 24 anos. 

Insights, tendências e oportunidades

Para os jovens, a autoestima se baseia na confiança. Mas em que pilar essa confiança está fundamentada?

Na aparência física.

54% usam filtros nas fotos para melhorar sua imagem.

48% usam seu momento de autocuidado para cuidar da pele.

36% fazem atividade física para ficar em forma.

44% já pensaram ou pensam em fazer uma cirurgia plástica.

Como as marcas podem contribuir para melhorar a autoestima desses jovens?

1. Autoconhecimento desde a infância

O nosso intuito é propor uma reflexão mais ampla sobre a autoestima da Geração Z. A construção de uma boa autoestima deve começar na infância, permeando todas as etapas do desenvolvimento da criança/adolescente/jovem.

As marcas que acompanham os jovens nessa fase de “crescimento” podem contribuir no fomento da autoestima desde cedo.

2. Moda como expressão de autoconfiança

Hoje a moda é diversa, para todos os tipos de corpos e biótipos, e é um meio

pelo qual se quebram barreiras e se promove a aceitação.

Acreditamos que existe uma grande oportunidade para as marcas de moda

explorarem a autoaceitação por meio da roupa; pautando-se no conceito de que

a melhor roupa é aquela que te faz sentir-se bem, seguro, respeitando assim as

diferenças e gostos de cada um. Não é necessário seguir padrões e modismos;

mas dar oportunidade para que cada um crie a sua moda, à sua maneira.

3. Skincare na jornada de crescimento

O intuito é reforçar que as dores passam, que os cravos e as espinhas

desaparecem, estrias e celulite diminuem ou não, mas que o importante é estar bem consigo mesmo e não deixar os momentos bons passarem. Reforçar que o momento de se cuidar é um forte aliado no autoconhecimento e que só traz benefícios para toda a vida.

4. Make + Filtros em prol da beleza natural

Celebs e influenciadoras digitais endossando campanhas mostrando o rosto sem filtro, apresentando suas criações com os makes das marcas e incentivando uma aparência natural. A ideia é que os filtros sejam encarados como ferramenta para realçar a beleza e não para transformar a aparência.

Para finalizar, a Geração Z quer criar novos conceitos sociais e reformular os ultrapassados, e as marcas que fizerem o mesmo serão capazes de atrair essa geração. Os jovens da Geração Z tendem a buscar marcas que, assim como eles, valorizam a capacidade de se autoexpressar e de autonomia.

Quer ver o estudo na íntegra? A gente envia para você! 

Escreva para erika@maac.group